Costa Moreno-Entrevista

Entrevista de Costa Moreno ao Dr.Mario Machado
líder da NOS, Nova Ordem Social
1-C.M. : Em que família politica se enquadra o » nova ordem social «?
M.M.: A Nova Ordem Social faz parte da Terceira Posição, um vector ideológico que tem como pontos essenciais
a defesa da identidade etno-cultural (contra o multiculturalismo e o globalismo), o apoio a uma sociedade
solidária e organizada de forma orgânica (contra o individualismo e o liberalismo), a primazia do espírito sobre a
matéria (contra o materialismo, capitalismo e reducionismo utilitário), e, tal como muitos movimentos congéneres,
também defendemos o pan-Europeísmo.
2- C.M .: Revê se nas politicas e familiara politica de Marie Le Pen?
M.M: vemos com bons olhos o crescimento e sucesso da União Nacional de Le Pen. Em certa medida, mesmo
as políticas oficiais do seu partido, têm algumas semelhanças com as nossas. No entanto sabemos que a União
Nacional está bem mais próxima de nós em termos ideológicos do que parece, devido à influência metapolítica e
à estratégia de “entryism” da Geração Identitária (um movimento pan-Europeu que admiramos bastante, e com
cujo ramo [não-oficial] espanhol já estabelecemos contacto e fizemos uma entrevista).
3-C.M: Portugal foi o pais de direita fascista no passado ou de direita nacionalista?
M.M: Portugal nunca teve um governo fascista, Salazar não era fascista, e sim, pode-se dizer que que o regime
de Salazar era de “direita nacionalista”. Mas há que referir que o nosso movimento é diferente em termos
ideológicos e práticos do regime de Salazar. Nós somos nacionalistas sim, e admiramos muito daquilo que
Salazar e o Estado Novo fizeram, no entanto somos um movimento moderno, não estamos presos ao passado, e
estamos adaptados e atendemos ao mundo moderno e aos desafios e circunstâncias actuais.
4-C.M: Salazar e o general Franco como os analisa ?
M.M.: A ideia que mais associo a Salazar é a de honestidade, verticalidade e nobreza de espírito. Tal como
Franco era um tipo de líder que é escasso nos dias de hoje; aquele que é movido genuinamente pelo seu ideal e
por algo superior a si, o seu povo, ao invés do interesse pessoal, ambição individual ou exclusivamente orgulho
próprio.
5-C.M: Porquê do povo português ter receio de comentar abertamente sobre Antonio Oliveira Salazar?
M.M.: Porque ao longo das últimas décadas, tal como sucedeu por todo todo o mundo Ocidental, o Marxismo
Cultural venceu a luta metapolítica… Aos poucos a nossa cultura e espectro de ideias debatíveis e aceitáveis,
alteraram-se muito. A extrema esquerda, inspirada pelo ideólogo e estrategista comunista italiano Gramsci e pela
Escola de Frankfurt, conseguiu infiltrar-se no meio académico, mudar o discurso nos meios públicos, a cultura, e
modificar assim radicalmente a nossa sociedade. Quem diria há 50 anos atrás que hoje os homosexuais se
poderiam casar? Isto ilustra bem o sucesso da estratégia dos nossos adversários políticos, mas neste momento
somos nós, nacionalistas e identitários, que a estamos a usar.
6- C.M.: Mario Machado economicamente o país Portugal é viável?
M.M.: Claro que sim, Portugal tem muito potencial. Acima de tudo temos recursos humanos, e na verdade, no
fundo, não existe riqueza mais importante num país que não a sua população. Desde que a nossa demografia
não se altere radicalmente e as raízes biológicas que sustêm o nosso tipo de sociedade e civilização (Europeias)
se mantenham, teremos sempre potencial como país, podemos ser no mínimo tão bem sucedidos
socioeconomicamente como Espanha ou Itália, e provavelmente mais até, dependendo da qualidade do sistema
político e dos seus líderes.
7-C.M.: Não está Portugal e a Europa de » joelhos » perante a força económica dos países muçulmanos?
M.M.: Não receio que o poder dos mundo muçulmano por si mesmo possa ultrapassar ou ameaçar o da Europa
ou do mundo Europeu/Ocidental. No entanto as políticas suicidárias, incluindo a imigração em massa
proveniente do terceiro mundo, podem realmente acabar com a hegemonia e proeminência da nossa Civilização
a longo-prazo, por isso estamos nós aqui a lutar para substituir a sua elite política, antes que seja tarde, para
darmos aos nossos descendentes um futuro digno da nossa história enquanto Europa/Ocidente.

Dr.Mario Machado

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